"Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da língua." Provérbios 16.1
A maternidade pra mim começou junto com o desejo de me tornar mãe, em 2012, após a confirmação da gravidez e em seguida uma notícia de repouso absoluto, pois o embrião havia sido implantado baixo na placenta, Deus me surpreendeu dizendo que embora estivesse muito feliz com a gravidez, ainda não era a hora Dele, e após uma ultra foi confirmado a ausência de batimentos cardíacos do nosso bebê...havia sofrido um aborto retido, que dor...nosso sonho frustrado ou melhor adiado...busquei força em Deus para viver aquele momento...e por recomendação médica tive que esperar longos 4 meses para tentar novamente, e para minha surpresa e alegria no primeiro mês de tentativa foi confirmada a gravidez e assim começou, ou melhor, continuou a DOCE ESPERA do nosso bebê, uma gravidez bem tranquila, sem qualquer intercorrência, apenas com os sintomas normais de uma gestação, enjoos, azias...quando ainda com 13 semanas descobri que estava a espera do Miguel, pude agradecer a Deus por me dar o privilégio de gerar aquela vida, tão esperada e já tão amada... viver esse momento de espera foi muito gostoso, pois sou extremamente ansiosa e cada grama e centímetro de crescimento do Miguel era comemorada com muita alegria...como toda mãe de primeira viagem, durante a gravidez preparava o quartinho e enxoval do meu bebê com muito carinho, tudo planejado e feito por mim e o papai, com a ajuda dos avós, tios e amigos, o chá de fraldas estava todo planejado na minha cabeça e aos poucos ia preparando cada detalhe para compartilhar com os amigos no dia 10 de agosto de 2013 a proximidade da chegada do nosso bebê, que era prevista para o início de Setembro. No dia 18 de Julho comecei a sentir muitas cólicas e contrações, tomei as injeções para amadurecer o pulmão do Miguel caso nascesse antes da hora. E mais uma vez Deus me surpreende, mostrando que a "nossa hora" nem sempre é a Dele, e quando foi no dia 05 de agosto, isso mesmo na semana do chá de fraldas, me senti mal no trabalho, pela manhã perdi o famoso "tampão", fui para emergencia do hospital onde me examinaram e me recomendaram repouso por pelo menos 15 dias, no dia seguinte dia 06, fui no consultorio da minha médica para que ela me examinasse e de lá mesmo fui direto para o hospital, pois teria que fazer repouso absoluto e tomar medicamentos na veia para diminuir as contrações e segurar o Miguel por mais tempo na barriga...mas a hora dele havia chegado e na madrugada, apesar do repouso absoluto e dos medicamentos, a bolsa rompeu, e tiveram que fazer um parto de emergência pois ele era prematuro, estava com 35 semanas de gestação, e às 4h54min do dia 07 de agosto, nasceu meu amado filho, MIGUEL, com 2130kg e 45cm, com Apgar 9, tão pequeno, mas tão forte, com um choro forte foi tirado da minha barriga e levado direto para uma UTI neonatal, após algumas horas acordei já no quarto e tive a notícia que meu bebê estava em outro hospital na UTI, quando minha médica veio me visitar, pedi que me desse alta o mais rapido possivel para que pudesse ver meu bebe, e na manhã do dia seguinte estava liberada para visitar meu filho, e quando chego na UTI encontro aquele bebe pequenino, com aparelhos para ajudá-lo a respirar, desmaiei ao vê-lo pela primeira vez...e assim foram dolorosos 30dias sem o contato direto com meu filho, sem poder amamentá-lo ou tocá-lo, podendo ficar com ele apenas uma hora por dia...vivendo literalmente na dependência de Deus e pela fé...após verificarmos que a alta do Miguel estava demorando muito, transferimos ele para outra unidade de tratamento e foi confirmado que clinicamente ele não tinha nada que justificasse sua internação por tanto tempo, e no dia seguinte veio para casa, quando completava um mês de nascido, aí veio um sentimento de revolta e indignação, meu filho tão pequeno e sendo vítima da maldade do homem ($$), mas em nenhum momento questionamos Deus o porquê Ele permitiu que passássemos por esse vale, Deus é Deus e soberano em minha vida, e mesmo que hoje eu não entenda o porquê disso tudo, sei que mesmo antes do Miguel ser gerado ele já tinha escrito sua história e tudo isso estava em seus planos. Miguel veio para casa, está cada dia mais gordinho, esbanjando alegria e saúde, crescendo e desenvolvendo sem qualquer atraso...e Deus continua sendo Deus e meu Deus em todo o tempo...Hoje meu filho completa 03 meses de pura gostosura e estou muito grata a Deus pela herança que me deu e pela confiança em mim para cuidar do Miguel...hoje me sinto muito amada por Deus que por várias vezes colocou minha fé à prova e não me deixou abalada, eu não me sinto e não sou merecedora de nada e nada do que eu fizer vai me tornar digna ou merecedora de coisa alguma, mas a graça de Deus me surpreende e me constrange todos os dias, aprendi desde criança que graça é favor imerecido, então todos os dias agradeço a Deus pelo filho que me deu e por todas as bençãos que tem dado a mim e a minha família...e louvo assim..."Graça que maravilhosa graça, é imensurável e sem fim, é maravilhosa, é tão grandiosa, é suficiente para mim, é maior que a minha iniquidade, é revelação do amor do Pai, o nome de Jesus engrandecei e a Deus louvai." Amém.